quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ao Mar

Peco por não viver essas palavras jogadas no muro.


Invento um coração e um sorriso e uma compaixão pra me esconder atrás dos resquícios que escorrem.


Resquícios de dor. Resquícios de amor. Resquícios de palavras.


Me encontro preso atrás de mim mesmo.


Escondido por entre as sombras daquilo que não me permito ser.


E me percebo um fracasso. Um inútil. Uma farsa.


Sei de um pedaço dos meus desejos que me enlaça. E caio no mar,
me afogando pelo próprio peso que eles têm sobre mim.

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