terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ouse

Já pensou em não ser aquilo que gostariam que você fosse?

E em não fazer NADA do jeito como gostariam que fizesse?

E muito menos pensar do jeito que todo mundo pensa?

Se perder em métricas, sentidos e sentimentos?

Ouvir músicas de olhos fechados e ler um livro por dia?

Tomar banho de sol, secar com água salgada e curar feridas novamentes abertas?

Esquecer de tudo aquilo que dizem ser o certo?

Fazer o que VOCÊ acha certo?

Pular chorando e esperniar sorrindo?

Não ser nem de perto o que você é hoje?

E o melhor: não se importar com o que pensam a respeito disso.

Tente inovar.
Tente acertar de novo.
Ou tente não errar como daquela outra vez.
Cantemos uma canção sem letras e escrevamos para quem gostamos.
Gastamos. Sonhamos. Amamos.

Amor?
Nem que seja um por mês.
Não deixe de se sentir vivo, ouse voar.
Pouse seus sonhos nos meus e vamos vagar por aí.
Cruzemos nossos caminhos e olhares.
Vamos verbalizar:
amar;
sonhar;
beijar e
desejar.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sem conexão.

Olhar. Conversa. Conversa. Olhar. Beijo. Sorriso. Beijo. Beijo.

Tchau. Beijo. Abraço. Grito. Lembrança. Telefone. Promessa. Beijo.Espera.

Ansiedade. Espera. Telefone. Frio na barriga. Conversa. Convite.

Sim. Medo. Vontade. Ansiedade. Espera. Carro. Oi. Beijo. Sorriso.

Apartamento. Escada. Tremor. Beijo. Beijo. Toque. Calor. Tesão.

Camisa. Camisa. Calça. Beijo. Espera. Calma. Carinho. Conversa.

Beijo. Toque. Roupas. Calor. Beijo. Cama. Amor. Amor. Beijo. Suspiros.

Gemidos. Pressão. Grito. Beijo. Alívio.

Banho. Conversa. Conversa. Conversa. Certeza. Passeio. Bar. Amiga.

Risos. Conversa. Bebidas. Pedido. Medo. Não.

Risos. Conversa.Pedido. Ansiedade. Não.

Pedido. Vontade. Sim. Namoro. Sorriso. Beijo. Alegria.

Hoje. Agora. Saudade. Namoro. Eterno?

Meu vôo.

De onde vêm os sonhos?
De onde vem o medo?
E porquê quando se sonha algo que se tem medo, ele vira pesadelo?
Eu sonhei que podia voar, que era realmente feliz.
Minha felicidade me atingia de formas simples, incapazes de serem percebidas.
Eu tive medo de cair, mas um frio na barriga me fazia continuar.
Um sensação de perigo que me fazia voltar.
E voar, planar, cantar.
Lá do alto eu era feliz.
E via as coisas aqui embaixo como formiguinhas.
Meus problemas eram pequenos.
Até que um dia percebi que esse sonho era real.
Era um sonho de amar.
Um dia, ele se acaba. Não se lembra mais de nada.
Se engana.
Um dia, eu acordei, alcei vôo....e caí da cama.

A outra metade.

- Me espera que eu volto já!
- Tudo bem, mas vê se não demora.

Foi assim que ele sumiu. Nunca mais foi visto. Nenhum relato, nenhuma pista. Nada. No fundo eu sabia que isso ia acontecer. Sabia que mais cedo ou mais tarde essa parte ia desaparecer. Ele já não era usado. Fazia tempo que quase não dava as caras. E todo mundo sentia falta dele, pois sabiam que, mesmo escondido ou dormindo, ele exsitia e era ele que havia cativado muitas pessoas. Mas, infelizmente, não fui forte o suficiente para segurá-lo. Ele se foi. Tinha que fazer isso. Tinha que crescer, amadurecer, ter novas experiências e novas opniões; novos sentimentos, amores e desilusões. Ele tinha que passar por tudo isso e não sei se seria uma boa idéia deixá-lo preso para que o visitassem. Ele não seria sincero. Seria só uma máscara para agradar àqueles que reclamam sua ausência. Agora, perdoem-me se pareço agressivo, mas, se realmente gostavam do inteiro, terão de contentar com essa parte que ficou: eu. Agora só tem eu, ou o "novo" eu. É isso aí. Só sobrou essa parte podre e sem graça que não sabe mais de muita coisa; que não sabe mais o que é certo e que só tem feito reclamar e chorar; essa parte inútil que não sabe cuidar de si, mas mesmo assim passa uma outra imagem para os outros; essa parte que não corre, não anda, não pensa e não cala; essa parte que não sabe mais como era ser um inteiro; essa parte que engana; que é amigável por fora, mas cheia de fungos por dentro, cheia de vermes que só fazem doer, que só me corroem. E não pense que não me culpo por ser assim. E sei que a culpa e toda e somente minha. Fui eu que meti os pés pelas mãos e saí correndo pro que eu chamava de 'sonho'. Grande merda!!!!!! Meu sonho não é sonho, mas não digo que é um pesadelo. Tá vendo?! Nem sobre mim mesmo eu consigo falar, consigo explicar. Não é o que sinto. É o que sou! O que sou? A metade que já não presta? Cada dia mais é isso que me provo. Não me mostro forte o suficiente para lutar contra mim mesmo! Que porra é essa? Que porra de força de vontade é essa? Que porra de sonho que não mostra o que eu realmente queria? Sou a parte azeda e a parte doce.
Pegue-me num dia bom. Assim poderá me experimentar....
"Qual o sabor de hoje?"

domingo, 14 de março de 2010

Sussuro Noturno

... e então enfiou a mão nos meus cabelos, me prendeu com força na nuca e me trouxe pra perto. Deixei minha cabeça cair pra trás e de um beijo estalado no pescoço, sussurou bobagens deliciosas no meu ouvido. Aproximou sua boca da minha, me deixou sentir o ar quente que saía da sua respiração, mas não me deixou encostar. Olhou nos meus olhos, como querendo deixar claro que eu não mandava ali. De vagar, sem largar meus olhos e sem desgrudar do meu pescoço, passou o outro braço pela minha cintura e me apertou junto ao seu corpo. (O meu já trêmulo). Assim, com total controle sobre meus movimentos, foi me conduzindo de costas para o quarto escuro. E com uma firmeza quase violenta, mas embriagante, me deitando na cama e se deitando sobre mim. Os dedos sob meus cabelos causavam uma dor leve e sedutora. Roçou os lábios na minha face. Desceu até o pescoço. Voltou para os meus lábios. Tudo isso quase sem tocar de verdade. Tentei lamber-lhe a boca, mas me segurou com força e me fez entender que não. Não era eu quem tinha o controle. Tentei falar qualquer coisa, mas fui repreendido por qualquer som curto e baixo. Me olhou, como querendo enxergar se eu havia entendido os sinais. Um sorriso forte de cumplicidade revelou que sim. Eu entendia. E deixou claro também o que eu queria, o que eu podia e o que nos unia. E então, com uma ferocidade doce, me beijou fortemente e com doçura, sempre com a boca semi-aberta e fazendo parar quando eu me empolgava. E depois de mais um olhar penetrante, me amou a noite inteira e todas as outras noite que se sucederam, deixando claro pra mim: eu sei o que eu quero de você.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Posso ser suas agulhas

Não há um espelho pra se refletir quando se tem medo do que olhar.
Reflita sobre o que reflete.
Pegue essa sua agulha e costure as suas feridas.
Todas hão de cicatrizar.
Não posso fazer isso por você, mas sei que posso te ajudar a colocar a linha.
Na linha. Vamos tentar mais uma vez?
E se cairmos, porque não mais duas ou três?
Quero ser forte do teu lado, olhar pro mesmo espelho enxergar que tens um pedaço de mim em você.
Aquele pontinho, bem ali, parado no meio do peito.
Não quero ser figurante e nem ator de falas falsas.
Quero mostrar que te gosto e sim, eu posso e quero tentar.
Estarei sempre pronto pra te levantar.
Ainda que por palavras improváveis e sem acento.
Mas eu tento e quero te ver tentar.
Quero te ver crescer, te ver sofrer e de novo conseguir renascer.
Não vá desistir de ideais, nem idéias.
Não vá se prostrar num caminho que também não acha certo, certo?
Vamos lá, camarada!
Voltemos para a caminhada.
E, juro, pra sempre e por toda ela, estaremos de mãos dadas...

Então me abraça e só

Às vezes acho que me perco em rabiscos redondos colados sobre o papel branco.
Me acabo em linha tortas e frases mals pontuadas.
Escondo-me atrás de metáforas pobres e me envergonho do erros de grafia.

Às vezes acho que já sou grande, posso voar sozinho e vagar pelas ruas da vida.
Mas sempre tropeço em problemas maiores e me cubro com lágrimias de falsos cristais.
Sonho em recados mal resolvidos e trechos murmurados pelo canto da boca.

Tomara um dia as asas vigorem e meu pranto seque sob os raios do teu sol.
Meus medos e defeitos se destruam.
E meu riso possa fazer par com o seu.

Às vezes acho a noite bem escura. Não é todo dia que ela tem luar...
Mas, quando tem, ilumina a nossa cama e sinto as estrelas a nos vigiar.

Escrevo versos e palavras bobas. Tento rimas pra poder te alcançar.
Mas não sabes que choro escondido quando não te tenho pra abraçar.


Me sinto só.... quando não estas..


Então me abraça e só.
Mas só não se atreva a me soltar.

Gostaria

Gostaria de, num abraço caloroso, poder encobrir e suforcar todos os seus medos e suas incertezas.
Fazer com que seja suficiente a mensagem de um olhar.
Dizer as palavras mais doces e tocantes num simples e molhado beijo.
Gostaria que os mais lembrados calafrios fossem por caus de um toque de desejo.
Que todas as sensações se misturassem em êxtase comum e compassado.
Que soubesse que o gosto salgado da tua pele tem gosto de mel.
Que os suspiros longos e às vezes prolongado, são como notas hamônicas do meu violão.
Gostaria de ter a chance de realizar todos os palavrões eufóricos que me são ditos no escuro.
E poder mostrar algo que está bem além de um simples final de tesão.
Mostrar carinhos em toques fortes e apertos que lhe deixam marcas.
Dar mordidas que te aliviam e te deixam vermelho.
E ser meloso, ainda que já tenha meu coração.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Eu sou

Sou aquele que irá te levar pro outro lado da torre.
Que te trará pro nada e te dará tudo.
Que nunca deixará o chão te alcançar.

Serei aquele que protegerá com armaduras melindrosas todas as sombras da alma.
Que empunhará espadas de combates psicológicos.
Que montará cavalos alados em busca do tesouro perdido dentro de si prórprio.

Fui aquele com quem confiou as mudanças do tempo.
Que gurdava os segredos da árvore do coração.
Que engatilha e empunha a arma, mas não a deixa disparar.

Sou aquele com quem conta e que sempre te ajudará.
Que recolhe os frutos do pomar sombrio para que possas te alimentar.
Que planta sementes de compostura quando não sabes como a usar

Iremos nos perder em caminhos distintos mas que sempre se cruzarão.
Em rimas, em poemas e músicas que nunca nos abandonarão.
Em planos e risos e gestos.... estes eternos prisioneiros do meu coração.

Em correntes de aço inoxidável sei que poderei prender o mal.
Sei que uma pena caíra do meu braço quando a pluma que cruza a brisa tornar-se pedra.
E a brisa que corta a pluma tornar-se-á gelo.

Gelo que não gela, mas esquenta essa falta.
Que alimenta o meu suor e me leva até você.
Que atiça esse fogo extremo e deprime o meu viver.