quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sem conexão.

Olhar. Conversa. Conversa. Olhar. Beijo. Sorriso. Beijo. Beijo.

Tchau. Beijo. Abraço. Grito. Lembrança. Telefone. Promessa. Beijo.Espera.

Ansiedade. Espera. Telefone. Frio na barriga. Conversa. Convite.

Sim. Medo. Vontade. Ansiedade. Espera. Carro. Oi. Beijo. Sorriso.

Apartamento. Escada. Tremor. Beijo. Beijo. Toque. Calor. Tesão.

Camisa. Camisa. Calça. Beijo. Espera. Calma. Carinho. Conversa.

Beijo. Toque. Roupas. Calor. Beijo. Cama. Amor. Amor. Beijo. Suspiros.

Gemidos. Pressão. Grito. Beijo. Alívio.

Banho. Conversa. Conversa. Conversa. Certeza. Passeio. Bar. Amiga.

Risos. Conversa. Bebidas. Pedido. Medo. Não.

Risos. Conversa.Pedido. Ansiedade. Não.

Pedido. Vontade. Sim. Namoro. Sorriso. Beijo. Alegria.

Hoje. Agora. Saudade. Namoro. Eterno?

Meu vôo.

De onde vêm os sonhos?
De onde vem o medo?
E porquê quando se sonha algo que se tem medo, ele vira pesadelo?
Eu sonhei que podia voar, que era realmente feliz.
Minha felicidade me atingia de formas simples, incapazes de serem percebidas.
Eu tive medo de cair, mas um frio na barriga me fazia continuar.
Um sensação de perigo que me fazia voltar.
E voar, planar, cantar.
Lá do alto eu era feliz.
E via as coisas aqui embaixo como formiguinhas.
Meus problemas eram pequenos.
Até que um dia percebi que esse sonho era real.
Era um sonho de amar.
Um dia, ele se acaba. Não se lembra mais de nada.
Se engana.
Um dia, eu acordei, alcei vôo....e caí da cama.

A outra metade.

- Me espera que eu volto já!
- Tudo bem, mas vê se não demora.

Foi assim que ele sumiu. Nunca mais foi visto. Nenhum relato, nenhuma pista. Nada. No fundo eu sabia que isso ia acontecer. Sabia que mais cedo ou mais tarde essa parte ia desaparecer. Ele já não era usado. Fazia tempo que quase não dava as caras. E todo mundo sentia falta dele, pois sabiam que, mesmo escondido ou dormindo, ele exsitia e era ele que havia cativado muitas pessoas. Mas, infelizmente, não fui forte o suficiente para segurá-lo. Ele se foi. Tinha que fazer isso. Tinha que crescer, amadurecer, ter novas experiências e novas opniões; novos sentimentos, amores e desilusões. Ele tinha que passar por tudo isso e não sei se seria uma boa idéia deixá-lo preso para que o visitassem. Ele não seria sincero. Seria só uma máscara para agradar àqueles que reclamam sua ausência. Agora, perdoem-me se pareço agressivo, mas, se realmente gostavam do inteiro, terão de contentar com essa parte que ficou: eu. Agora só tem eu, ou o "novo" eu. É isso aí. Só sobrou essa parte podre e sem graça que não sabe mais de muita coisa; que não sabe mais o que é certo e que só tem feito reclamar e chorar; essa parte inútil que não sabe cuidar de si, mas mesmo assim passa uma outra imagem para os outros; essa parte que não corre, não anda, não pensa e não cala; essa parte que não sabe mais como era ser um inteiro; essa parte que engana; que é amigável por fora, mas cheia de fungos por dentro, cheia de vermes que só fazem doer, que só me corroem. E não pense que não me culpo por ser assim. E sei que a culpa e toda e somente minha. Fui eu que meti os pés pelas mãos e saí correndo pro que eu chamava de 'sonho'. Grande merda!!!!!! Meu sonho não é sonho, mas não digo que é um pesadelo. Tá vendo?! Nem sobre mim mesmo eu consigo falar, consigo explicar. Não é o que sinto. É o que sou! O que sou? A metade que já não presta? Cada dia mais é isso que me provo. Não me mostro forte o suficiente para lutar contra mim mesmo! Que porra é essa? Que porra de força de vontade é essa? Que porra de sonho que não mostra o que eu realmente queria? Sou a parte azeda e a parte doce.
Pegue-me num dia bom. Assim poderá me experimentar....
"Qual o sabor de hoje?"