domingo, 13 de dezembro de 2009

Sabe do fim?

Por aqui, por lá ou até mesmo com o quase inútil acolá, as pessoas vêm vivendo a vida de forma nada sincera. Presas em seus tabus, conceitos e claro, seus pré-conceitos, a gente desenvolve aquela linda carapuça colorida que vem super acompanhada de um sorriso amarelo e forçado fácil de se colar no rosto.

É tão fácil estar imune às coisas que nos cercam e fingir que tudo está aqui, mas a minha parte está feita e não posso fazer mais nada. É tão fácil viver com nossas mentiras que já, há muito se tornaram nossas verdades. É nunca conseguir abrir os olhos de verdade e ser um pouquinho mais humilde e sincero.

Será que vale mesmo a pena sermos alguém que não somos e que nunca chegaremos a ser? E afinal, será que vale mesmo a pena todas essas palavras clichês de quem não aguenta mais sorrir o tempo todo e responder "sim, estou bem" a todo momento sem nem mesmo entender o que é se sentir assim?

Sabe: no fim, somos todos uns filhos da puta, porcos e egoístas. No fim, não sei nem mais no que acreditar de verdade. No fim, não amamos sinceramente. Só queremos nos sentir bem, não importa como ou quem. Não importa nem mesmo se os outros são capazes de sentir o mesmo.

Sou ecológico: não jogo lixo no chão, não como carne e nem uso copos descartáveis. Mas, tudo isso, porque sei que na verdade, EU não quero ser descartável. É tudo um blefe, tudo uma mentira!

Seus amigos não são seus amigos. Seus amores, não seus amores. E nem sequer você, é você de verdade.
É tudo corrompível, tudo manipulado, tudo mentira.
No fim, não tem fim. E você sabe pra onde você vai quando isso terminar?

Adivinha? Não vai pra lugar nenhum.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Vamos Brincar de Crítico

Em Brasília, de 04 a 15 de novembro, vai rolar o FIC - Festival Internacional de Cinema, que, pra mim, é uma das únicas chances de assistir vários filmes que tenho vontade e que, por motivos que não cabem nesse post, nunca serão lançados aqui no Brasil. Com a participação de alguns atores, produtores e diretores, os filmes estão sendo exibidos nas telonas da Academia de Tênis, que, na minha opnião, perdem na qualidade das salas, mas ganham (e muito) no público e na escolha mais "alternativa" dos filmes.
Os filmes estão sendo exibidos por um preço "camarada" de quatorze reais a inteira e sete a meia (sim! eu sei fazer contas...), exceto, claro, na abertura e no encerramento. A programa traz mais de 80 filmes de diversos países e diretores consagrados como Karim Aïnouz ou não, como seu púpilo, Felipe Bragança. Não sou o entendido sobre o assunto, mas creio que posso falar sobre os que eu assisti e minhas percepções subjetivas sobre os mesmos.

Vamos lá:

- A Fuga Mulher Gorila, de Felipe Bragança e Marina Meliande: A sinópse prometia: um road-movie brasileiro, com pitadas musicais, conta a estória de duas irmãs que viajam em um Kombi, apresentando o show da Mulher Gorila (é só uma mulher que, com jogo de espelhos, se transforma em gorila e assusta a platéia). A viagem não conta nada, a não ser a busca dessas duas por um destino que, no fundo, elas sabem que nunca vão alcançar. No caminho, elas conhecem um homem que segue viagem junto, mas que fica no Rio de Janeiro, que era seu sonho. Um filme que não prende, nem por seu roteiro e nem por seus personagens, que chegam a dar sono. A parte musical é incrível: músicas do próprio diretor e não fazem sentido algum para a narrativa. Coisas como: "Eu vou morrer num rio feio pra caralho... Eu vou viver num rio feio pra caralho..." atingem a tela com o mesmo objetivo que um anão pulando corda no meio do eixo monumental. O resto da trilha sonora é uma coletânea de músicas bregas de karaokê. Literalmente.

- La Invención de la Carne, de Santiago Loza: Nesse longa argentino, Loza nos traz, com muita sensibilidade e linguagem corporal, o drama dos dois personagens principais. A mulher, vende seu corpo para estudos numa faculdade de medicina e o rapaz, um jovem estudante que por ela fica obcecado, é homossexual e tem alguns problemas psicólogicos. O roteiro descreve a viagem dos dois em um caminho que surge em seu limite. Os barulhos são mínimos e as falas, menores ainda. Se juntarmos todas as cenas em que aparecem algum diálogo, elas tomariam apenas 15 minutos de um filme com quase uma hora e meia. A atuação dos atores é melancólica. Como um bom filme tipicamente argentino, esse ar triste e solitário consegue ser passado sem a necessidade das palavras, ou até, sem a necessidade dos gestos. Pra mim, um filme que te permite usar toda a sua sensibilidade e subjetividade para construir e dar sentido à todo roteiro. Vale a pena conferir, mas vá com calma... e paciência.

- Outrage, de Kirby Dick: Esse documentário crítica alguns políticos norte-americanos gays não-assumidos, mas que apoiam a lesgislação antigay. Com um desenrolar que te deixa perpléxico às vezes e enfurecido em outras, ele tem entrevista com alguns dos responsáveis por desmascarar essas pessoas. Não se trata de desmascarar gays, mas, sim, desmascarar hipócritas que, mesmo com toda vida gay exposta na mídia, continuam a negar e trabalhar contrar os direitos LGBTT. Esses políticos incluem o governador da Flórida, Charlie Crist, o congressista pela Califórnia David Dreier, o ex-prefeito de Nova Iorque, Ed Koch, e o ex-congressista pela Lousiana, Jim McCrery. O filme também apresenta entrevistas com os políticos abertamente gays, como Barney Frank, Jim McGreevey, e Tamme Baldwin.
Vale muito a pena! E me deixou com um espírito ativista, rá!

- Chomsky e cie., de Olivier Azam e Daniel Mermet: Outro documentário, dessa vez retratando algumas idéias de um dos maiores pensadores do século XX, Noam Chomsky. Ele debate sobre a manipulação da mídia e das opniões, defende que as pessoas mais antenadas e com maiores condições podem ser tão bem manipuladas como as que não têm instrução. Ele demonstra suas teorias em acontecimentos históricos e sempre faz um link com alguma atividade ou propaganda dando assim, mais credibilidade. O longa francês traz também entrevistas com outros estudiosos e seguidores de Chomsky. Uma coisa que chamou atenção foi o fato de, apesar de ser um filme que leva o nome e exalta Chomsky, ele não é único. O roteiro traz também críticas ao autor, assim como pessoas que o criticam.
Um ótimo filme, pecando apenas na edição. Vale conferir.

- Tokyo!, de Joon-ho Bong, Leos Carax e Michel Gondry: Até agora, o melhor de todos que eu vi no festival. O filme, na verdade são três curtas. Cada um de um diretor. Os três têm com plano de fundo a grande cidade de Tokyo (por isso o nome, dããr!) e todos conseguem te tocar com uma forma bem gostosa. Michel dirige Interior Design, onde uma garota e seu namorado, em viagem pela cidade, descobre que, pouco a pouco, está se transformando em uma cadeira de madeira. Uma história bem divertida, mas que deixa um recado não tão engraçado assim. O coreano Bong Joon-ho, dirige Shakin Tokyo, onde um hikikomori se apaixona por uma entregadora de pizza, mas que, para ir atrás de seu amor, deve criar coragem para sair de casa e descobrir que toda Tokio se isolou do resto do mundo. Já no curta de Leos Carax, Merde, é contada a história de um homem que vive nos esgotos de Tokio e ataca a cidade em seus momentos de loucura.
Super vale a pensa conferir! Emocionante, nonsense e divertido!


Bom, por enquanto foram esses. Claro que vou continuar a assistir! Queria ver todos, mas.... Pra quem quiser conferir a programação, é só clicar aqui. O site é meio pesado e uma dica: não se baseiem somente pela sinópse do FIC.

E então, Vamos ao Cinema?

sábado, 7 de novembro de 2009

Dona Janaína

Você está com problemas amoroso?
Problemas fincanceiros?
Sua vida está andando pra trás?
Tem algum problema de saúde?


PARE DE SOFRER!

Se tem algum desses problema ou qualquer outro que seja, procure hoje mesmo Dona Janaína, a atróloga das soluções! Mora há mais de 30 anos no DF, e vem ajudando as pessoas a serem felizes. Conhecedora dos mistérios da umbanda, faz querer quem não quer, e quem quer não querer. Não precisa falar nada, ela fala tudo. Traz a pessoa amada em poucos dias revela o passado, presente e futuro.


Dona Janaína, ali, pertinho de você!